Valores de referência para exame clínico – Saiba detalhes

  Material de apoio para nutricionistas no atendimento de pacientes em consultórios e ambulatórios

Nutr. Cristiane Kovacs
Chefe do Ambulatório de Nutrição Clínica do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia

Nutr. Priscila Moreira
Nutricionista do Ambulatório de Nutrição Clínica do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia

Dr. Daniel Magnoni
Diretor da Nutrição do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)

 

Classificação

IMC

Risco de morbidade

Desnutrição Grau III

<16

Alto

Desnutrição Grau II

16-16,9

Moderado

Desnutrição Grau I

17-18,4

Baixo

Desnutrição

< 18,5

.

Eutrofia

18,5-24,9

.

Sobrepeso

25

.

Pré-obesidade

25-29,9

Baixo

Obesidade Grau I

30-34,9

Moderado

Obesidade Grau II

35-39,9

Alto

Obesidade Grau III

≥ 40

Muito alto

Fonte: WHO, 1995 e 2000

Para idosos, outros valores de referencia são utilizados para determinar o diagnostico nutricional.

IMC (Kg/m2)

Classificação

≤ 23

Baixo Peso

23 – 28

Peso Adequado

28 – 30

Risco de Obesidade

≥ 30,0

Obesidade

Fonte: OPAS, 2002

Recomendações Dietéticas

Cálculo ajustando o Peso ideal = se correlaciona melhor com a massa metabolicamente ativa do indivíduo e se aproxima do peso ideal real:
a) A partir do IMC

É a forma mais pratica pois utiliza-se o IMC médio de Eutrofia (entre 18,5 e 24,9 kg/m2)

 

É a medida obtida através da relação do Peso e Estatura. É utilizada como indicador de risco de morbidade e possui valores de referencia diferentes de acordo com a faixa etária, porém a equação aplicada é a mesma:

IMC = Peso (Kg)
(Estatura (m))2

IMC médio para Homens e Mulheres

21,7 kg/m2

PI = 21,7 x (Alt2)

b) Para pessoas com IMC > 27 kg/m2:

Peso Ajustado para Homens e Mulheres

Peso Ajustado6= (Peso Atual – Peso Ideal) x 0,25 + Peso Ideal

CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA:

Vem sendo utilizada com frequência como indicador de fator de risco de doenças cardiovasculares pois demonstra a adiposidade visceral e subcutânea. Tem como referência anatômica o ponto médio entre a crista ilíaca e o rebordo costal inferior (região abdominal de menor perímetro). Para correta mensuração da circunferência da cintura (CC), o paciente deve estar em pe, em posição ereta com os braços relaxados, ao longo do corpo.

Risco de complicações metabólicas associadas à obesidade:

 

Elevado

Muito elevado

Homem

> 94 cm

> 102 cm

Mulher

> 80 cm

> 88 cm

Fonte: WHO, 1997

VALORES DE REFERÊNCIAS PARA EXAMES BIOQUÍMICOS

Valores de referência para perfil lipídico:

Índice plasmático

Referência

Colesterol Total

< 200 mg/dL

LDL Colesterol

< 130 mg/dL

HDL Colesterol

> 40 mg/dL

Triacilgliceróis

≤ 150 mg/dL

Fonte: IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias

Valores de referência glicemia:

Glicemia Normal (Jejum de 12 horas)

70 a 99mg/dL

Intolerância a Glicose (Jejum de 12 horas)

100 a 125mg/dL

Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes

REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:

1. Lohman, T.G.; Roche, A.F.; Martorell, R. Anthropometric Standardization Reference Manual. Abriged Edition, 1991.

2. Lee, R.D.; Nieman, D.C. Nutritional Assessment. 3rd ed. New York: McGraw-Hill; 2003.

3. Chumlea WC, Roche AF, Steinbaugh ML. Estimating stature from knee height for persons 60 to 90 years of age. J Am Geriatr Soc. 33:116-20, 1985.

4. Chumlea, W.C.; Guo, S.; Steinbaugh, M.L. Stimating stature from knee height for black and white adults and children with application to mobility – impaired or handicapped persons. J Am Diet Assoc 94: 1385 – 91, 1994.

5. Cuppari, L. Nutrição Clinica no Adulto. 1ª ed. São Paulo: Manole, 2002.

6. Waitzberg, D.L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 3ª Ed. São Paulo: Atheneu, 2001.

7. McLaren D, Read W. Classification of Nutritional Status in Early Childhood.

8. Mora, R. Evaluación nutricional. Soporte Nutricional Especial. 2. Edición, Colombia 1997. p. 73-85.

Lancet 1972.

9. Blackburn, G.L.; Bistrian, B.R.; Schlamn, H.T.; Smith, S.F. Nutritional and metabolic assessment of the Hospitalized Patient. JPEN 1:11-22, 1977.

10. Chumlea, W.C.; Guo, S.; Steinbaugh, M.L. Predilect of Body Weight for the Nonambulatory Elderly from Antropometry. J Am Diet Assoc 88 (5): 564 – 8, 1988.

11. Osterkamp, L.K. Current Perspective on assessment of Human Body Proportions of Relevance to Amputees. J Am Diet Assoc 95:215 – 8, 1995.

12. Tsamaloukas, A.H.; Patron, A.; Malhotra, D. Body Mass Index in Amputees. JPEN 18(4):355-8, 1994.

13. Materese, L.E. Nutrition Support Handbook. Cleveland Clinic Foundation; 1997. pp 45-62.

14. Blackburn, G.L.; Thornto, P.A. Nutritional Assessment of the Hospitalized Patients. Med. Clin. North Am., 1979, 63:1103-1115.

15. Frisancho,A.R. Anthropometric Standards for the assessmentof growth and nutritional status. University of Michigan, 1990, 189p.

16. Heymsfield, S.B.; Thighe, A.; Wang, Z.M. Nutritional assessment by Anthropometric and Biochemical Methods. In: Shills, M.E.; Olson, J.A.; Shije, M. Modern Nutrition in Health and Disease. 9th ed. Baltimore: Willians & Wilhins, 1999.

17. Frisancho, A.R. New norms of upper limb fat and muscle áreas for assessment of nutritional status. Am J. Clin. Nutr., 34:2540-2545, 1981.

18. Heymsfield, S.B.; McManus, C.; Smith, J.; Stevens, V.; Nixon, D.W. Anthropometric Measurement of Muscle Mass: revised equations for calculating bone – free arm muscle area. Am J Clin Nutr 36:680 – 90, 1982.

Br J Nutr 1974; 32:77-97.

21. Gallagher, D.; Heymsfield, S.B.; Heo, M.; Jebb, S.A.; Murgatroyd, P.R.; Sakamoto, Y. Healthy Percentage Body Fat Ranges: an approach for developing guidelines based on body mass index. Am J Clin Nutr 72:694-701, 2000.

22. Magnoni, D.; Cukier, C. Perguntas e Respostas em Nutrição Clinica. 2ª ed. São Paulo: Roca. 2005, 544p.

23. World Health Organization. Physical Status: The use and interpretation of anthropometry. Geneva; 1995. WHO Technical Report Series, 854.

25. Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS/OMS.

26. Lipschiltz, DA. Screening for nutritional Status in the elderly. Primary Care 21:55-67, 1994.

27. Branson R.D. The measurement of energy expenditure: instrumentation, practical considertions and clinical application.

28. Diener, J.R.C.Calorimetria indireta. Rev Ass Med Brasil 1997; 43(3): 245-53

29. Silva, S.R.J.; Waitzberg, D.L.Gasto Energético In: Waitzberg, D.L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 3a ed. São Paulo: Atheneu; 2002:331.

30. Cruz CM, Silva AF, Anjos LA. A taxa metabólica basal é superestimada pelas equações preditivas em universitárias do Rio de Janeiro, Brasil.

Social class, family, and life-style factors associated with overweight and obesity among adults in Peruvian cities. American Health Foundation and Elsevier, 2003.Respir Care Arch Latinoam Nutr 1999;49:232-7.

31. Hay, W.W.; Thureen, P.J.; Calorimetria indireta: uma técnica potencial, mas ainda não realizada para orientar o tratamento nutricional. Jornal de Pediatria 2007; Vol. 83, Nº 6, p 490-493.

32. Rodrigues, A.E.; Marostegan, P.F.; Mancini, M.C. et al.

33. Wahrlich, A.; Anjos, L.A. Validação de equações de predição da taxa metabólica basal em mulheres residentes em Porto Alegre, RS, Brasil. Rev Saúde Pública 2001;35(1):39-45.

34. Britto, E.P.; Mesquita, E.T. Bioimpedância Elétrica Aplicada à Insuficiência Cardíaca. Rev SOCERJ. 2008;21(3):178-183.

35. Rossi, L.; Tirapegui, J. Comparação dos métodos de bioimpedância e equação de Faulkner para avaliação da composição corporal em desportistas. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. 2001. vol. 37, n. 2, maio/ago.

36. Mattar, R. Avaliação da Composição Corporal por Bioimpedância: uma nova perspectiva.

37. Lohman, T.G. Advances in body composition assessment. 1992 Monograph Number 3. Champaign: Human Kinetics.

38. Souza, E. B.; SOUSA JÚNIOR, F. A. C. Avaliação da composição corporal pela bioimpedância elétrica em idosos. Revista Científica do Centro Universitário de Barra Mansa. 2008, ano 10, n. 19. p. 46-53

39. Walser, JPEN 11(5) Suppl. 1987. Apud Waitzberg.L.D. Nutrição oral,enteral e parenteral na prática clínica. São Paulo, Atheneu. Pp 282-283, 2000.

40. IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia.