Potenza ALS ;Kawagoe, JY; Diniz, C; Severine, A;Tonato, C;Deutsch AD; Rebello CM
Hospital Israelita Albert Einstein. São Paulo – SP
Introdução: leite materno (LM) é o melhor alimento para recém-nascido (RN) pois contém nutrientes necessários para promover crescimento e desenvolvimento assim como fatores de proteção. Quando aleitamento materno não é possível, o LM deve ser coletado e estocado sob condições higiênico-sanitárias pré-estabelecidas para garantir qualidade . Objetivo: Descrever caso de contaminação do LM por KP, sem evidência clínica e laboratorial de infecção, tanto na mãe como no RN.Metodologia: Descrição de caso baseada em levantamento de prontuário. Resultados: Gestante de 30 anos, diagnóstico de pré-eclâmpsia sem mamoplastia, parto cesárea com 29 6/7 semanas de gestação. RN do sexo masculino, 1260 g, Apgar 8 e 9, insuficiência respiratória e ventilação mecânica por 5 dias. Nutrição parenteral iniciada no 2º dia de vida, e enteral mínima com LMO 3º dia. Coleta de LMO realizada em banco de leite (BL) conforme condições higiênico sanitárias pré-estabelecidas pela Rede Nacional de Banco de Leite Humano (RNBLH). Segundo rotina RNBLH, LM pasteurizado foi submetido à pesquisa de coliformes totais detectando-se em 2 lotes a presença de KP. Foi realizada cultura LMO fresco com resultado positivo para KP, sugerindo presença deste microrganismo no ducto mamário. Mãe foi submetida à avaliação obstétrica sem anormalidades, sendo iniciado o uso de sabonete antisséptico, porém as culturas persistiram positivas. A partir do resultado foi realizado antissepsia local com Polivinil Pirrolidona Iodo (PVPI), com cultura positiva. Iniciada antibióticoterapia para mãe com cultura negativa após tratamento, possibilitando aleitamento do RN ao seio. RN apresentou ganho pôndero-estatural adequado, tendo alta hospitalar no 50º dia de vida, em aleitamento materno. Conclusão: Importante fazer a investigação da presença de bactérias no LMO mesmo que o RN e mãe não apresentem sintomas clínicos e laboratoriais de infecção. Critérios para coleta, estocagem e distribuição do LM devem ser feitos conforme normas da RNBLH para assegurar a qualidade do produto.