Silveira D*, Escrivão MAMS, Taddei JAAC, Oliveira FLC, Ancona-Lopez F.
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Introdução: A obesidade é um desvio nutricional crescente em todo mundo atingindo proporções epidêmicas. O excesso de peso na adolescência além de trazer problemas psicológicos e físicos, também traz como conseqüência mais grave, o grande risco de excesso de peso na vida adulta. Devido a estas conseqüências, é essencial que se estabeleçam critérios de diagnóstico de excesso de peso para adolescentes para que se possa fazer programas e políticas de prevenção de obesidade. Objetivos: Observar as correlações entre a porcentagem de gordura corporal (%GCT), a gordura corporal total em quilos (GCT kg) (mensuradas pelo exame de densitometria de corpo total – DXA) e o índice de massa corporal (IMC). Determinar o ponto de corte de %GCT para adolescentes, dos sexos masculino e feminino, coincidente com excesso de peso propostos pelos critérios de Must et al, 1989, Cole et al, 2000 e CDC 2000, 2002. Metodologia: Foram estudados 163 adolescentes de 14 a 19 anos, alunos de escola pública de São Paulo, dos sexos feminino e masculino. Os estudantes foram pesados e medidos por uma única nutricionista, devidamente treinada. O exame de densitometria de corpo total foi realizado no aparelho Lunar DPX-L scanner (Lunar Corporation, Madison, WI) e utilizado o software DPX-L, version 1.5G (Lunar Corporation), por um técnico devidamente treinado, segundo as recomendações do fabricante. A classificação do estado nutricional foi baseada nos critérios mais utilizados, Must et al, 1989, Cole et al, 2000 e CDC 2000, 2002. A análise dos dados foi realizada utilizando o programa Stata 7.0. Para examinar as relações entre a quantidade de gordura corporal total (tanto em porcentagem, quanto em quilos) e o IMC foi utilizado o coeficiente de correlação de Person e para obter o ponto de corte %GCT determinada pelos critérios diagnósticos (Must et al, 1989, Cole et al, 2000 e CDC 2000, 2002 ) com mais acurácia, utilizou-se a curva ROC (Receiver operating characteristic). Resultados: A correlação entre a porcentagem de gordura corporal total e o IMC e a correlação entre a gordura corporal em quilos e IMC foram altas (0.87 e 0.92) para o sexo masculino e também (0.91 e 0.96) para o sexo feminino. O ponto de corte para %GCT, levando em consideração qualquer dos critérios para excesso de peso, Must et al, 1989, Cole et al, 2000 e CDC 2000, 2002, foi de 40.2% (sensibilidade de 95% e especificidade de 97%) para o sexo feminino e 23.5% (sensibilidade de 97% e especificidade de 90%) para o sexo masculino.
Conclusão: O IMC embora não seja um método específico para mensurar gordura corporal possui uma boa correlação com a gordura corporal total, mensurada tanto em porcentagem, quanto em quilos, em ambos os sexos, além ser um método de baixo custo e alta reprodutibilidade. A porcentagem de gordura corporal esperada para adolescentes com excesso de peso (classificados por qualquer dos critérios: Must et al, 1989, Cole et al, 2000 e CDC 2000, 2002) é de no mínimo 40% para o sexo feminino e 23.5% para o sexo masculino.
* Autora apresentadora
PORCENTAGEM DE GORDURA CORPORAL DE ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO
Introdução: A obesidade é um desvio nutricional crescente em todo mundo atingindo proporções epidêmicas. O excesso de peso na adolescência além de trazer problemas psicológicos e físicos, também traz como conseqüência mais grave, o grande risco de excesso de peso na vida adulta. Devido a estas conseqüências, é essencial que se estabeleçam critérios de diagnóstico de excesso de peso para adolescentes para que se possa fazer programas e políticas de prevenção de obesidade.
Objetivos: Observar as correlações entre a porcentagem de gordura corporal (%GCT), a gordura corporal total em quilos (GCT kg) (mensuradas pelo exame de densitometria de corpo total – DXA) e o índice de massa corporal (IMC). Determinar o ponto de corte de %GCT para adolescentes, dos sexos masculino e feminino, coincidente com excesso de peso propostos pelos critérios de Must et al, 1989, Cole et al, 2000 e CDC 2000, 2002.
Metodologia: Foram estudados 163 adolescentes de 14 a 19 anos, alunos de escola pública de São Paulo, dos sexos feminino e masculino. Os estudantes foram pesados e medidos por uma única nutricionista, devidamente treinada. O exame de densitometria de corpo total foi realizado no aparelho Lunar DPX-L scanner (Lunar Corporation, Madison, WI) e utilizado o software DPX-L, version 1.5G (Lunar Corporation), por um técnico devidamente treinado, segundo as recomendações do fabricante. A classificação do estado nutricional foi baseada nos critérios mais utilizados, Must et al, 1989, Cole et al, 2000 e CDC 2000, 2002. A análise dos dados foi realizada utilizando o programa Stata 7.0. Para examinar as relações entre a quantidade de gordura corporal total (tanto em porcentagem, quanto em quilos) e o IMC foi utilizado o coeficiente de correlação de Person e para obter o ponto de corte %GCT determinada pelos critérios diagnósticos (Must et al, 1989, Cole et al, 2000 e CDC 2000, 2002 ) com mais acurácia, utilizou-se a curva ROC (Receiver operating characteristic).
Resultados: A correlação entre a porcentagem de gordura corporal total e o IMC e a correlação entre a gordura corporal em quilos e IMC foram altas (0.87 e 0.92) para o sexo masculino e também (0.91 e 0.96) para o sexo feminino. O ponto de corte para %GCT, levando em consideração qualquer dos critérios para excesso de peso, Must et al, 1989, Cole et al, 2000 e CDC 2000, 2002, foi de 40.2% (sensibilidade de 95% e especificidade de 97%) para o sexo feminino e 23.5% (sensibilidade de 97% e especificidade de 90%) para o sexo masculino.
Conclusão: O IMC embora não seja um método específico para mensurar gordura corporal possui uma boa correlação com a gordura corporal total, mensurada tanto em porcentagem, quanto em quilos, em ambos os sexos, além ser um método de baixo custo e alta reprodutibilidade. A porcentagem de gordura corporal esperada para adolescentes com excesso de peso (classificados por qualquer dos critérios: Must et al, 1989, Cole et al, 2000 e CDC 2000, 2002) é de no mínimo 40% para o sexo feminino e 23.5% para o sexo masculino.
* Autora apresentadora
