BORBA, LG; SOARES, AMNGF; FREITAS, AMP; ESTECE, FO; SCHNEIDER, G; SANTOS, MJ; D ABRUZZO, NCR; VIANA, SP; BUENO, RS.
Instituição: Instituto Dante Pazzanese De Cardiologia
Email: lenitagb@yahoo.com.br
As doenças hepáticas avançadas são responsáveis por diversas alterações químicas, metabólicas, fisiológicas e orgânicas.. Deve – se estar atento para que a ingestão alimentar assegure a quantidade e os tipos de alimentos adequados às suas expectativas e necessidades. Este trabalho teve o objetivo de avaliar quantitativamente o resto – ingestão da dieta oferecida de pacientes pré e pós – transplante hepático. Foi coletado o peso de todos os alimentos oferecidos e do resto ingestão dos pacientes maiores de 18 anos no período de 24 horas a partir do terceiro dia de internação e estes dados foram comparados com as respectivas necessidades enegéticas. Foram avaliados 20 indivíduos de ambos os sexos, que apresentaram ingestão alimentar insuficiente de acordo com suas necessidades nutricionais, mesmo recebendo valor energético maior ao calculado necessário. O resto-ingestão médio apresentado foi de 702 kcal com Desvio Padrão (DP) de 636,27 Kcal, representando 28% de recusa alimentar, evidenciando 75 % de pacientes que não alcançaram o VET necessário por dia. Dentre os motivos apontados para recusa alimentar, destacam-se a falta de apetite (10%), problemas na deglutição (10 %), náuseas (10 %), procedimentos médicos (15 %), quantidade de alimento ofertado (15 %) e inadequação do cardápio ao paladar (40 %). Conclui-se que o resto-ingestão apresentado pelos pacientes analisados está acima do preconizado pela literatura. Desta forma, isto pode estar indicando a necessidade de introduzir suplementos nutricionais via oral e/ou nutrição enteral/parenteral e que atendam as necessidades desta população em macro e micronutrientes e também, desenvolver condutas gastronômicas, que atendam não só as necessidades fisiológicas, más também as necessidades de palatabilidade, que poderá influenciar positivamente na ingestão destes alimentos e melhora da qualidade de vida. De qualquer forma, este trabalho define a necessidade de uma análise com um número maior de participantes e, para que possa ser mais detalhada, deve-se avaliar a ingestão alimentar de forma progressiva, diariamente durante o período de internação.