Nutrição Parenteral – Complicações da Nutrição Parenteral

Prof. Dr. Rubens Feferbaum
Dra. Isaura Merola Faria

São principalmente de ordem infecciosa e metabólica. A solução pode conter contaminantes e precipitados. A NP está associada a maior incidência de sepse neonatal especialmente quando utilizada através de cateter central. No entanto, preocupa o aumento da incidência das infecções fúngicas em RNPT especialmente pela Candida sp e Malassezia furfur que tem na solução de lipídeos seu substrato ideal. O rígido controle da linha endovenosa utilizando-a exclusivamente para infusão da NP e o preparo das soluções cujas modificações são realizadas na farmácia sob técnica asséptica, além dos cuidados com as conexões e curativo das dissecções são fundamentais para minimizar o risco infeccioso.
Sinais clínicos como a febre e perda ponderal ou laboratoriais como glicosúria e acidose metabólica alertam para a necessidades de rastreamento das infecções bacterianas e fúngicas.
As complicações metabólicas estão mais relacionadas à capacidade metabólica da criança e a composição da NP. A colestase hepática relacionada a NP é complicação frequente em RNPT, especialmente naqueles infectados e em jejum prolongado. Caracteriza-se por icterícia, discreta hepatomegalia, colúria e raramente acolia fecal. As enzimas canaliculares (fosfatase alcalina, Gama GT, DHL) estão aumentadas; porém as que indicam dano hepatocelular (TGO, TGP) estão pouco aumentadas. Nesta situação, a suspensão da NP acompanhada de suporte nutricional enteral está indicado o que melhora a colestase.