Fibras na Nutrição Humana – Conceito e definição

As fibras da dieta são definidas primariamente como polissacarídeos de reserva vegetal e parede celular vegetal, estando associadas a outras substâncias como proteínas, compostos inorgânicos, oxalatos, fitatos, etc; que têm em comum o fato de serem constituídas por macromoléculas que não são digeridas pelas enzimas digestivas do homem, devido à impossibilidade de hidrólise dessas macromoléculas ( 5,7,8 ).

Segundo ASP e cols, a expressão “Fibra alimentar” foi utilizada pela 1ª vez em 1953, por Hilpley, cujo termo referia-se ao teor de Fibra Bruta, que não corresponde ao valor real de fibra alimentar dos alimentos ( 9 ).

Cummings, um dos grandes especialistas em fibras, nos proporciona a seguinte definição: “O citoesqueleto dos vegetais é o que podemos denominar fibra vegetal ou dietética; uma substância aparentemente inerte que pode ser fermentada por algumas bactérias, porém não pode ser fragmentada pelas enzimas digestivas, motivo pelo qual torna-se não absorvível. Apresenta características muito peculiares de acordo com a procedência da espécie vegetal e, mesmo conforme a espécie, de acordo com a variedade da mesma” ( 10 ).

A tendência atual é considerar a fibra dietética não apenas uma substância, mas um conceito dado de acordo com a opinião do botânico, do fisiologista, do nutricionista ou do gastroenterologista. Independentemente do fato de que a denominação “fibra dietética” seja a correta para definir todos estes conceitos, podemos mencionar uma série de requisitos para que se enquadre dentro desta definição ( 5 ):

•  Substância de origem vegetal

•  São carboidratos ou derivadas deles

•  Conjunto heterogêneo de moléculas complexas

•  Não fragmentável (hidrolisadas) pelas secreções e enzimas digestivas

•  Parcialmente fermentada pelas bactérias do cólon

•  Ativa do ponto de vista osmótico ( 11,12 ).