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Gastronomia hospitalar favorece o bem estar de pacientes internados

Hospitais brasileiros investem em terapia nutricional para melhorar a qualidade de vida de seus pacientes durante o período de internação e de reabilitação

O investimento em atendimento ao cliente parece ser a resposta encontrada pelos hospitais para se diferenciarem no mercado. Por isso, aportes substanciais estão sendo realizados na área de hotelaria dos hospitais, fazendo com que o usuário se sinta cada vez mais cliente e menos paciente.

No Brasil, onde o setor de saúde movimenta cerca de R$ 40 bilhões, existem 6.653 hospitais públicos (21,4%) e privados (78,6%) que vêm sentindo a necessidade de expandir seus serviços, principalmente no setor de gastronomia hospitalar, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes durante a internação.

"As pesquisas de opinião e o conhecimento individualizado dos pacientes, executados desde o momento da internação podem decidir o embate pela ocupação de leitos" diz o Dr. Daniel Magnoni, médico Cardiologista e Nutrólogo do Hospital do Coração, Diretor do Instituto de Metabolismo e Nutrição e Presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Enteral e Parenteral.

A desnutrição hospitalar, no início do novo milênio, é provavelmente uma das doenças de maior prevalência e incidência nos hospitais, chegando a atingir de 30% a 50% dos internados. Nota-se, então, a importância da terapia nutricional para o pronto reestabelecimento dos pacientes.

O surgimento desses novos conceitos de atendimento trouxe desafios aos profissionais de nutrição. A preocupação vai além de proporcionar uma dieta adequada. Para o cliente internado, a alimentação pode ser um dos únicos prazeres a que tem direito, por isso, merece atenção maior do que o cuidado básico com valor nutricional das dietas.

O Serviço de Alimentação e Nutrição possui, por características técnicas, diversas limitações quanto ao produto a ser oferecido. Portanto, o grande desafio é desenvolver gastronomia, em condições higiênico-sanitárias e dietas balanceadas, por esse motivo, exige profissionais de mais formação e qualificação.

O procedimento de consultar o paciente vem se tornando uma rotina em alguns hospitais. Para sugerir um cardápio, a equipe considera não só a patologia, mas também os hábitos, preferências e aversões do internado, personalizando cada vez mais o atendimento. Essa avaliação relativamente simples feita pelo nutricionista traz benefícios visíveis na evolução do enfermo.

Há a preocupação em atender bem em todos os detalhes. Pacientes com hábitos culturais diferentes, por exemplo, originários de outros países, também encontram mais atenção aos seus costumes. Já existem cozinhas de alguns hospitais que procuram preparar refeições adaptadas para oferecer a essas pessoas.

"A nutrição adequada e orientada associa sinergismos ao tratamento médico, seja na orientação dietética básica e clássica, na educação preventiva às doenças ou mesmo na prevenção de distúrbios graves que podem conduzir a reinternações sucessivas", afirma o Dr. Magnoni.

A garantia de uma boa prestação de serviço baseia-se na elaboração de um cardápio com preparações culinárias adequadas às patologias dos pacientes, sem comprometer os pratos, preservando o sabor e a qualidade. Quando se trata de dietas muito restritas, o desafio para melhorar a apresentação da refeição é primordial para a garantia e manutenção do estado nutricional do paciente.

O IMeN - Instituto de Metabolismo e Nutrição atua de forma dinâmica na viabilização de eventos relacionados à gastronomia hospitalar, nesse sentido procura divulga-los e valorizar o trabalho do profissionais e/ou instituições que criam e produzem soluções em gastronomia

Retirado de depoimentos de Daniel Magnoni à mídia por ocasião do Concurso Nestlé de Gastronomia Hospitalar em São Paulo, 2002, FEIRA ABIA (FRANCAL).

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