Disfagia é a dificuldade de deglutir alimentos ou líquidos, é mais comum em idosos, alguns trabalhos científicos estabelecem entre 60% a ocorrência de algum grau de disfagia em idosos ou em pacientes com doenças neurológicas ou que sofreram algum trauma na boca ou garganta. Segundo dados do periódico Dysphagia, estima-se que 8 em cada 10 indivíduos com Parkinson e 2/3 dos doentes com Alzheimer desenvolvem essa condição.
De forma clínica, o problema traz a sensação de que a comida ou o líquido estão presos na boca, garganta ou no esôfago, uma sensação de "engolir defeituoso".
O diagnóstico clinico é baseado nos sintomas: engasgo frequente, tosse logo após a deglutição, sensação de alimento parado no esôfago, rouquidão e ausculta (exame com estetoscópio) posicionada próximo ao esôfago, identificando ruídos característicos.
Exames mais complexos como videolaringoscopia podem ser solicitados pelos médicos.
A disfagia pode ser a causa de pneumonias de repetição ou graves quadros de insuficiência respiratória em pacientes internados. No grupo de idosos, está relacionada a maior índice de complicações, morbidades associadas e mortalidade. Sem um cuidado nas consultas de rotina, pode passar desapercebida. Algumas perguntas simples feitas pelo médico podem levar a melhor investigação e tratamento precoce.
O tratamento passa pelo uso de espessante nos alimentos líquidos, visando torna-los mais espessos e reduzindo a possibilidade de "engasgos". Em casos mais complexos e estabelecidos, existe a indicação de exercícios de deglutição, que devem fazer parte de condutas de fonoaudiologia.