A disfagia é a dificuldade de realizar normalmente o processo de deglutição de sólidos e/ou líquidos. Suas causas são diversas e devem ser avaliadas por uma equipe qualificada que também será responsável por encaminhar o paciente para o tratamento adequado da dificuldade de deglutição e também para o estabelecimento de estratégias que o auxiliem no processo e evitem complicações como a desnutrição e a desidratação.
Durante a avaliação do paciente, é preciso verificar se a capacidade de deglutição atual dificulta a ingestão de alimentos de determinadas consistências (líquidos, pastosos, sólidos, macios ou secos).
Alguns apresentarão capacidade para consumir alimentos de todas as texturas, enquanto outros precisarão adequar a consistência da dieta para conter apenas alimentos macios ou pastosos.
Os líquidos oferecem maior risco de aspiração, por isso o uso de espessantes pode ser orientado para o consumo de água, sucos, sopas e outros alimentos ou bebidas fluidos, corrigindo a consistência para permitir um consumo seguro de acordo com o grau de dificuldade do paciente.
A consistência dos líquidos pode ser caracterizada em quatro categorias (rala, néctar, mel e creme) e é importante definir a quantidade de espessante que o paciente deve usar para atingir a consistência que pode ser melhor consumida por ele. Esses espessantes podem ser caseiros, como amidos, ou industrializados, como aqueles compostos por gomas e ingredientes gelificantes. Cada um contém vantagens e desvantagens, como preço, acessibilidade, necessidade de aquecimento ou alteração no sabor e cor do alimento, e a escolha deve ser definida em conjunto entre equipe e paciente para a alternativa que melhor se adeque as suas condições.