Os divertículos são pequenas protuberâncias que podem estar presentes em todo o trato gastrointestinal, mas que se manifestam principalmente nas paredes do intestino grosso.
O aparecimento destas estruturas no cólon denomina-se diverticulose, uma condição normalmente assintomática e que acomete especialmente indivíduos com mais de 40 anos de idade.
Sua etiologia ainda não é bem esclarecida na literatura. Acredita-se que os novos padrões alimentares marcados por dietas pobres em fibras, fast food, e excessiva utilização de carboidratos, além de alterações estruturais do tecido intestinal, possam estar associados ao desenvolvimento da doença, devido ao aumento da pressão luminal, maior rigidez e redução da complacência do cólon.
Por sua vez, a diverticulite consiste na inflamação ou infecção dos divertículos, ocasionando sintomas como dor abdominal, náuseas, vômitos, febre, alterações do hábito intestinal e até sangramento retal.
A evolução da doença pode culminar em complicações graves, como formação de abcesso, perfuração, fístula e peritonite.
O quadro pode ter origem do acúmulo de resíduos nos divertículos, favorecendo a proliferação bacteriana e processo inflamatório.
Nos casos de diverticulite simples, além do tratamento farmacológico, deve ser prescrita dieta líquida, com mudança da consistência conforme melhora do quadro do paciente.
Para prevenção da ocorrência da doença, recomenda-se uma dieta saudável, rica em alimentos fontes de fibra, como legumes, frutas, verduras, cereais integrais e leguminosas. A ingestão de fibra colabora com o melhor funcionamento intestinal e contribui para uma menor pressão luminal, diminuindo o risco do aparecimento de divertículos.
Além disso, é extremamente importante manter uma ingestão hídrica adequada, investir na prática de exercícios físicos e controlar o peso, já que a obesidade é um fator de risco relacionado a essa patologia.