Na menopausa, ou mesmo no climarério, a soja é uma leguminosa de consumo versátil e com importantes propriedades nutricionais, possuindo interessantes ações nos sintomas e queixas gerais. Ela é composta por aproximadamente 40% de proteínas, 30% de carboidratos e 20% de lipídeos totais, contendo também boas quantidades de cálcio, ferro e magnésio. 
Além disso, a soja ainda apresenta um composto bioativo muito interessante: a isoflavona.
Esta substância é um composto fenólico da classe dos fitoestrógenos, com atividade análoga ao estrogênio (hormônio sexual feminino), amplamente distribuída nas leguminosas, mas presente especialmente na soja, que contém cerca de 1 a 3 miligramas de isoflavona a cada grama de proteína. 
Evidências epidemiológicas têm apontado menor incidência de sintomas do climatério em mulheres asiáticas, bem como índices reduzidos de doenças cardiovasculares e câncer de mama nesta população, que apresenta consumo de soja per capita 20 a 50 vezes maior que as populações ocidentais. 
Acredita-se que os fitoestrógenos possam atuar no controle dos sintomas do climatério (como fogachos, cefaleias, palpitações) e inclusive, serem uma possível alternativa à reposição hormonal sintética.
Diversos estudos recentes tem comparado a ação de hormônios sintéticos com administração de isoflavonas sob diferentes formas (proteína isolada de soja, cápsulas e extratos de soja), chegando à conclusão de que ambas as terapias apresentam resultados eficazes na amenização dos sintomas de climatério, mas com a vantagem da baixa ocorrência de efeitos colaterais da isoflavona. 
Apesar dos resultados promissores, ainda são necessários mais estudos que comprovem e consolidem o real efeito das isoflavonas na terapia contra os sintomas do climatério e menopausa.